Ciclo de vida do produto: o que é e como trabalhar com ele?
Você sabia que todo produto percorre uma jornada que vai desde o seu desenvolvimento até uma eventual descontinuação? Isso é chamado de ciclo de vida do produto.
Sendo assim, conhecer as etapas desse processo é bem importante para conseguir desenhar uma estratégia eficaz e que dê bons resultados.
Em resumo, o Ciclo de Vida do Produto é uma ferramenta que possibilita olhar e entender o comportamento de venda dos seus itens, passando por algumas fases, que são o lançamento, crescimento e maturidade em vendas.
Este conceito surgiu com Theodore Levitt, economista alemão que definiu que, em algum momento, todo produto chegará ao fim. Isso porque suas características acabam sendo modificadas durante seu ciclo de vida.
Devido a isso, toda a estratégia em torno de um produto precisa levar em conta as questões específicas de cada um de suas etapas. Assim, fica mais fácil entender qual o momento mais propício de colocar dinheiro para um produto explodir no mercado e quando é hora de segurar o investimento.
Então, para você entender mais sobre por que o ciclo de vida do produto é uma importante ferramenta para sua empresa, este conteúdo vai te apresentar melhor este conceito e como usá-lo na sua estratégia.
Por que é importante acompanhar o ciclo de vida do produto?
Essa atividade é essencial para fazer uma boa gestão financeira e comercial da sua empresa. Acompanhar o ciclo de vida do produto possibilita a aplicação de estratégias. Imagine, por exemplo, que seu produto está na fase de introdução e requer ações que ajudem na sua divulgação para que o público tome conhecimento e tenha interesse em comprá-lo.
Se você percebe que já está na fase de declínio, a companhia precisa pensar e aplicar táticas que evitem a queda no volume de vendas, certo? Isso ajuda a reverter essa baixa e elevar o pico de receita novamente.
Como vantagens desse tipo de acompanhamento, além da estratégica, claro, destacam-se outros detalhes, como:
- Otimização de investimentos
- Direcionamento de esforços para vendas
- Base para tomada de decisões
- Melhor planejamento financeiro de longo prazo
- Aumento da longevidade dos produtos
- Organização e gestão processos mais efetivas
As fases desse ciclo
Cada tipo de indústria tem suas particularidades que impedem uma padronização nas fases do ciclo de vida. No entanto, as mais comuns são:
- Desenvolvimento
- Introdução ao mercado
- Crescimento
- Maturidade
- Saturação
- Declínio
O tempo que o produto percorre em cada fase pode ser diferente em cada caso, assim como os esforços para acelerar seu crescimento e atingir a maturidade no mercado. Veja, a seguir, mais detalhes sobre cada uma das seis fases.
1. Desenvolvimento
Essa fase é marcada por pesquisas e hipóteses, o que ocorre antes mesmo de criar o produto em si e introduzi-lo no mercado. É nesta fase que, normalmente, as empresas desenvolvem protótipos ou outras coisas que permitem testar o que funciona e o que não funciona.
Essa fase é bastante sensível, afinal, o projeto ainda pode estar preso numa ideia não tão tangível quanto deveria. Apesar da grande expectativa sobre ele, ainda não há receita para custear seu desenvolvimento.
Para se ter uma ideia do que representa esta fase, uma montadora de veículos, por exemplo, não lança um novo carro sem antes ter um projeto consistente e estudar a sua inserção e aceitação no mercado.
Considere que, para isso, apesar de não haver a necessidade do esforço de vendas, a divulgação já deve começar. Assim, ao ser lançado, fica mais fácil fazer as primeiras vendas.
2. Introdução
Nesta fase aqui, o produto já passou por todos os critérios de desenvolvimento e está pronto para ser lançado no mercado.
Aqui começa-se o grande esforço para que mais e mais pessoas conheçam o produto e se tornem clientes. Não à toa, essa fase é considerada aquela que consiste a maior parte do investimento de marketing. Inclusive, há empresas que não se importam se o balanço financeiro fique negativo, desde que as vendas já tenham iniciado.
Porém, isso não quer dizer que você não deve ter uma estratégia de lançamento por trás e já definir métricas de acompanhamento para entender se o produto tem ou não a aderência pensada na fase de desenvolvimento.
Esse exercício possibilita otimizar seu investimento em marketing, usando as plataformas certas para levar a melhor mensagem e atingir o exato público que gostaria.
3. Crescimento
Pronto, o público-alvo já conhece seu produto, que foi introduzido no mercado e agora vai para a fase de crescimento. Não esqueça que, aqui, os investimentos e esforços precisam ser direcionados para fazer com que o produto ganhe mais espaço e se ajuste às necessidades do público.
Uma grande dedicação nesta fase é importante para evitar que o produto chegue na fase de declínio antes do tempo previsto.
4. Maturidade
Essa é a fase pico do ciclo de vida de um produto. É exatamente aqui que ele alcança o seu potencial máximo e suas vendas se estabilizam. Ao chegar neste teto, dificilmente as vendas têm chances de voltar a crescer, mas pode-se atuar de modo a evitar retrocessos significativos.
Sendo assim, o grande desafio dessa fase é fazer a maturidade perdurar, mantendo os bons resultados alcançados com o produto no longo prazo. Isso não é fácil e também necessita uma estratégia diferenciada, seja de marketing, seja comercial.
Como exemplo de produtos que estão nessa fase, considere aquela cerveja que você conhece há anos e que sempre é destaque no mercado, ou então o refrigerante centenário que ainda é o mais vendido do mundo.
5. Saturação
Este normalmente é o momento que seus concorrentes estão lançando produtos inovadores no mercado e o seu produto para de crescer em vendas recorrentes mensais, porém ainda sem uma redução significativa.
Importante frisar que ele segue no mercado com muitos clientes, mas que já começam a falar mais e mais sobre concorrentes e a optar pelo produto deles.
Vale então trabalhar a sua diferenciação de alguma maneira, entender o que os concorrentes estão fazendo e fazer diferente para se destacar, seja como marca, produto, precificação, serviço ao cliente ou outros.
Se não for possível melhorar o produto, o caminho a ser seguido é investir mais em qualidade de serviço e atendimento e usar esse trunfo na comunicação com o mercado.
6. Declínio
Por fim, seu produto chegou à fase de declínio, onde, possivelmente, as estratégias de diferenciação não funcionam mais e os concorrentes passaram a ganhar a maioria das vendas. Essa fase dificilmente pode ser superada.
Não se deve considerar apenas o fator concorrente para isso, certo? Novas tendências, tecnologias e mudanças no comportamento do consumidor também têm forte impacto.
Uma saída aqui pode ser apostar novamente na publicidade, com uma estratégia comercial que envolve redução de preços, novas funcionalidades, explorar novos mercados, pivotar o produto ou criar uma nova marca.
A ideia de reduzir o preço deve ser considerada principalmente se seu objetivo for exclusivamente esvaziar o estoque. Para isso, ter uma ferramenta de gestão de estoque, como a Tiba, pode fazer toda a diferença.