Taxa de maquininha: quais são e como economizar

Quando se tem uma loja ou comércio físico, quanto mais opções de pagamento são oferecidas aos clientes, maiores as chances de realizar as vendas. No entanto, por mais que a opção de cartões tenha crescido, a taxa da maquininha segue sendo grande vilão para muitos empresários.

Acontece que o dinheiro físico está cada vez mais em desuso. Segundo o estudo feito pelo Banco Central intitulado “O Brasileiro e sua relação com o dinheiro”, uma pesquisa feita em 2018 revelou que apenas 52% dos entrevistados destacaram o uso das cédulas de reais como principal meio de pagamento, enquanto 46% informaram preferir cartão de crédito ou débito.

Outra pesquisa realizada em julho de 2021 trouxe um outro dado ainda mais interessante. Feita pela financeira norte-americana Fiserv, onde foram ouvidos cerca de mil brasileiros, o estudo concluiu que 28% dos entrevistados preferem o cartão de crédito e débito como a forma preferida de pagamentos, seguido do Pix, com 22%. Dinheiro em espécie ficou em quarto lugar, com apenas 8% das respostas.

Mas como atender o interesse da maioria dos clientes, se as taxas cobradas pelas operadoras de máquinas de cartões são, às vezes, tão pesadas para o bolso do empresário?

A saída aqui é pesquisar bem na hora de contratar a operadora de maquininha, além de buscar métodos alternativos para incentivar meios de pagamentos mais baratos.

Se você quer conhecer mais sobre como funcionam as taxas de maquininha e como fazê-las terem menos impacto no seu lucro, continue a leitura.

Como funciona a maquininha de cartão?

A máquina de cartão é um dispositivo eletrônico que permite a leitura de cartões de crédito, débito e até pré-pago.

Sua função, através de um software, é registrar o pagamento do cliente e comunicar diretamente à operadora, também conhecida como bandeira – Visa, Mastercard, Elo etc – , que envia as informações ao banco para que a cobrança seja feita ao cliente.

Em resumo, é um dispositivo que intermedia e registra a transação entre o lojista e o cliente.

O processo é simples e bem costumeiro entre lojistas e clientes:

  • O consumidor comunica que deseja pagar com cartão de crédito;
  • A loja ou pessoa física disponibiliza a maquininha;
  • Ao passar o cartão, inserir o chip ou pagar por aproximação, a máquina lê os dados do cartão;
  • Os dados são enviados à bandeira, que verifica se a transação foi aprovada ou não;
  • Se aprovada, a máquina emite um comprovante da transação para cada uma das partes e registra o pagamento no sistema.

Taxas de maquininha de cartão

Porém, para disponibilizar este serviço, as operadoras responsáveis pela maquininha de cartão cobram taxas de acordo com as transações. A seguir, conheça quais são essas cobranças com um pouco mais de detalhe.

Vale ressaltar, apenas, que as taxas apresentadas a seguir são baseadas na média geral das operadoras, podendo ter variação tanto para cima quanto para baixo. Além disso, alguns fatores podem impactar nessa taxa, como: 

  • Operadora adquirente;
  • Faturamento da loja;
  • Ramo de atividade do lojista;
  • Modelo e plano do aparelho

1. MDR

Esta é a sigla para Merchant Discount Rate, que em português, significa Taxa de Administração. Ela se refere  a uma taxa percentual cobrada pelas operadoras a cada transação realizada na máquina de cartão, seja no débito ou crédito.

O MDR sempre é descontado no momento de liquidação da venda ou de cada uma das parcelas. Ou seja, quando o dinheiro do pagamento feito via cartão é enviado para sua conta, já chega descontando essa taxa, que varia de acordo com cada operadora. Daí a necessidade de pesquisar antes de contratar a sua.

2. Débito

Além do MDR, há também a cobrança de outra taxa baseada na forma de pagamento escolhida pelo cliente.

No caso de débito, a taxa é considerada mais baixa e com menor tempo de repasse. Os percentuais dessa categoria variam entre 1,23% e 2% e o repasse para o lojista costuma acontecer entre 1 e 2 dias úteis.

Para a fórmula de exemplo abaixo, vamos considerar uma taxa de 1,50%.

  • R$100 no débito * 1,5% de taxa = R$98,50 (valor que o lojista irá receber).

3. Crédito à vista

Já no crédito à vista, o valor cobrado sobre as transações é um pouco mais alto, variando entre 3% e 5%.

O cálculo acontece da mesma forma que no débito:

  • valor transacionado – % de taxa de maquininha = valor que o lojista recebe.

No caso da venda no crédito à vista, o repasse é feito em até 30 dias corridos, devido ao fato de a operadora precisar aguardar o pagamento da fatura do cartão de crédito do cliente.

Caso o cliente não pague a fatura, o risco fica todo por conta da operadora do cartão, não impactando o recebimento do lojista. Daí a necessidade de ter uma taxa mais elevada, a fim de compensar possíveis inadimplências.

4. Crédito parcelado

No caso de a compra ser parcelada, as taxas são bem semelhantes às da transação à vista. Porém, é cobrada uma taxa por cada parcela, no momento de cada recebimento em conta bancária.

Comumente, nas transações com cartão de crédito há uma taxa base + taxa por parcela. No entanto, a forma de cálculo varia bastante dentro desta categoria.

Quanto ao recebimento, ele é compensado ao longo dos meses parcelados, ou seja, se você vende parcelado em 3 meses, recebe as parcelas também em 30, 60, 90 dias.

5. Taxa de antecipação

Há também a possibilidade de o lojista optar pela antecipação de recebíveis, uma modalidade nova de tomada de crédito que visa antecipar os valores a receber mediante a cobrança de uma taxa.

A taxa média que o mercado atua neste cenário está entre 3 e 4%. Porém, é preciso ficar muito atento a alguns fatores:

  1. O lojista não é obrigado a solicitar antecipação de recebíveis apenas da sua operadora de maquininha de cartão;
  2. Hoje, há empresas que oferecem taxas muito mais atrativas para antecipação de recebíveis que as operadoras.

No caso da Tiba, a taxa é a partir de 0,49% – muito menor que 4%, não é? Se desejar, acesse o simulador e confira quanto você receberia se fizesse uma antecipação de recebíveis agora.

Outras taxas

A depender da forma como você adquiriu sua maquininha de cartão, há outras taxas que podem ser cobradas de acordo com seu contrato. As mais comuns são:

  • Compra da máquina: você paga um valor pela aquisição do leitor de cartão e ele se torna seu. Isto é, você pode utilizá-la da maneira que desejar e, inclusive, revender quando for trocar de máquina. Só não esqueça que as taxas de transações serão cobradas da mesma forma.
  • Aluguel da maquininha: você paga uma quantia fixa mensal, enquanto estiver utilizando a máquina e quando não quiser mais, devolve à operadora. Normalmente, o aluguel da máquina fica mais caro. Então, principalmente se você tem uma pequena ou microempresa, o mais indicado é comprar sua maquininha.

Já sabia dessas informações? Se tudo isso é muito novo para você, não esqueça de compartilhar nas suas redes sociais e deixar com que seus amigos passem a conhecer essas taxas também.

Se precisar de outras informações ou desejar mais conteúdos que contribuam com o crescimento da sua empresa, continue no blog da Tiba. Aqui, você encontra muito material importante para te ajudar na administração do seu negócio.

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