Custos fixos e variáveis: o que são e como calcular
Conhecer bem a empresa que se administra é fundamental para pensar em estratégias e possibilidade de alavancar seu crescimento. Com isso, uma métrica essencial para isso é saber calcular os custos fixos e variáveis da companhia.
É muito comum empresários não fazerem essa divisão e, na hora de incluir nas análises, acabam projetando tudo como uma coisa só. Essa mistura pode impactar no cálculo de lucros e previsão de custos futuras, tendo em vista que os custos variáveis podem ter alterações significativas de um mês para outro.
Portanto, este conteúdo tem por objetivo mostrar os detalhes do que pode ser considerado em cada um desses nichos, além de ensiná-lo a como dividi-los na hora de calcular os gastos e despesas da empresa.
O que pode ser considerado custo?
A título de definição, custo é um gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens, ou serviços. Sendo assim, ele está ligado diretamente à produção ou à atividade de uma empresa, como, por exemplo: compra de matéria-prima, pagamento de salários, contas de energia e outros.
Já a despesa é tudo aquilo que é gasto para manter a manutenção do negócio. Dessa forma, a despesa não é considerada tão fundamental para o funcionamento de uma companhia como os custos, por exemplo. Nesta categoria entram as contas de telefone, salários do setor administrativo, comissões de vendedores, etc.
Custos Fixos e Custos variáveis: conheça diferenças
Quando se fala em custo fixo, considera-se aqueles com menor probabilidade de apresentar variações de acordo com o tamanho de produção ou vendas. Enquanto isso, os gastos que aumentam e diminuem de maneira proporcional ao nível de atividade recebem a denominação de custos variáveis.
Sendo assim, os custos fixos são considerados aqueles que têm valores que são estáveis em todos os meses. Essa estabilidade não é dependente da produção ou vendas da empresa. Aqui entram os gastos com a limpeza, segurança e manutenção de máquinas, pode ser considerado também o aluguel do imóvel ou planos de telefonia e internet, por exemplo.
Quando se olha para custos variáveis, são considerados aqueles relacionados com a matéria-prima da indústria. Sendo assim, o gasto de uma empresa é associado aos produtos que são fabricados por ela. Quanto maior for o número de itens fabricados, mais gastos a organização terá.
Custo Fixo
Para exemplificar custo fixo, considere um restaurante que tem a mesma quantidade de funcionários há muito tempo. Esse número não varia, independentemente do movimento do local. Os salários desses colaboradores são considerados como um custo fixo.
Custo Variável
Agora, considere um estabelecimento como sendo uma construtora, a qual contrata os funcionários por empreitada. Os valores pagos a eles precisam ser estipulados como custo variável.
Ou seja, a necessidade de mais mão de obra será equivalente ao número de serviços que a empresa terá.
Outro exemplo é o caso de algumas indústrias, onde o consumo de energia pode variar de acordo com a produção do local. Neste caso, energia se torna um custo variável.
Identificando todos os custos
Para conseguir separar os custos fixos dos que são variáveis na contabilidade de uma empresa, é preciso levantar todos os gastos de um determinado período de tempo. Assim, é possível montar uma planilha para analisar a variação mensal e observar a sua movimentação ao longo dos meses.
Para isso, é essencial que essa tabela tenha os dados de produção ou faturamento com as vendas. Isso possibilita a observação do nível de atividade da empresa e o impacto nos custos da organização.
Por que avaliar separadamente?
Imagine que sua empresa possui uma atividade sazonal, então, precisa estar ciente dos seus custos fixos e variáveis. Isso é importante para facilitar na hora montar seu financeiro eficaz ao longo do ano.
Afinal, os preços de produtos e serviços fazem com que a possibilidade de o empresário fazer promoções seja maior, de acordo com a estrutura de custos de cada item.
Assim, sua organização pode se beneficiar pelo conhecimento dos custos fixos e variáveis, já que está ciente de que seu lucro é diretamente proporcional ao seu número de vendas.
Ao mesmo tempo, quando uma empresa tem a maior parte do seu custo variável, ela precisa lucrar em cada venda, afinal, se a empresa vender mais, a sua produtividade, mesmo que aumentada, não terá impactos consideráveis no custo individual daquele produto ou serviço.
Como calcular
Considere uma fábrica de peças automotivas que tem um custo fixo de R$ 5.000 por mês. Além disso, tem um custo variável de R$4 por cada peça produzida.
Agora, imagine que esta indústria produza 500 peças por mês, então, o custo ficará da seguinte forma:
- Custo total = R$ 5.000 (custo fixo) + R$ 4 x 500 (custo variável) = R$ 7.000
- Custo por unidade = R$ 14 (para produzir 500 peças)
Avaliar os custos de uma empresa é primordial para entender e otimizar os lucros. Por isso, considere buscar ajuda da tecnologia para que seus cálculos sejam o mais assertivos e corretos possíveis.
No começo, esse processo pode ser complicado e até desanimador. Mas a partir do momento que esses resultados começam a se tornar mais entendíveis e fáceis de analisar, é possível perceber os ganhos estratégicos que essas respostas trarão para as tomadas de decisão.